quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Escuridão;

"Abri os olhos e
tudo o que vi
foi a escuridão do quarto,
me abraçando como
uma mãe a proteger
seu filho indefeso,
Olhei para a janela aberta e
vi mais escuridão;
a mais bela e fascinante
escuridão de todas.
A noite estava sem estrelas,
o céu parecia suavemente
manchado de sangue,
a neblina era um tanto
convidativa à minha alma
noturna,
pensa em desaparecer
por entre aquela fumaça fria
me agradava;
Era ali que eu desejava estar,
desejava fazer parte daquela
fascinante paisagem sombria
mas nem por isso menos bela.
A Lua,escondida atrás das nuvens,
parecia não tirar os olhos de mim.
Senti pingos d'agua respingando
sob meu rosto,
As manchas de sangue no céu,
pareciam agora,se espalharem,
enquanto o sangue que escorria
dentro de mim,manchava-me
a alma inteira,
ao lembrar que havia algo que
me separava daquele frio cenário,
daquele palco vampiresco,
do qual eu não conseguia desviar
meus olhos.
Haviam portas,paredes e janelas
com grades;
Haviam regras,leis e toda uma
sociedade assassina de almas;
Ah!Como eu desejava ter asas!!
Como eu desejava voar no céu noturno!
Até que veio alguém e queimou meus sonhos
junto das asas que eu ainda não tinha;
Haviam maníacos destruidores de sonhos e desejos.
E eu,estava ali,sozinha.
Eu jamais conseguiria lutar
contra esses demônios,
como?se eu mal pude lutar contra mim mesma?
Então...olhei para trás e a vi;
la estava ela,a minha escuridão,
A escuridão da qual eu fazia parte;
A escuridão do meu quarto.

Luana Ducerchi.

Um comentário:

  1. Querida! lindo seu blog adorei, meus parabéns pelas suas inspirações ser poeta é descrever a alma.
    Obrigada pelo carinho no meu blog seja sempre bem vinda de coração.
    Mil beijos
    Leni Martins

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